segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Chega a ter gosto

Chega a ter gosto
a chuva
vista dos cafés
caindo sobre as estátuas
e a nostalgia
chega a ser morna
com fumo e álcool
na garganta
Até os homens
passarem junto aos vidros
Reais Molhados
Sem emoções instruídas
Pensando em remédios
e prestações
grisalhos
sem serem velhos
e falando sós
sem serem loucos
António Reis, Poemas quotidianos

2 comentários:

Laura Ferreira disse...

que linda normalidade de escrita :)

bom ano

beijinho

deep disse...

Obrigada, Laura. :)

Bom ano.