Agora que um longo inverno se aproxima
com os seus labirintos de sombra,
regresso àquela véspera
de onde se parte sempre,
acesos os afluentes da espera
ou as fulvas crateras da guerrilha.
Agora que as asas do silêncio
se insinuam, na crescente mancha
dos espelhos, recebo os teus olhos
como um recém-nascido, vulnerável
e combalido pela luz recente, recebe
a água do seu primeiro banho.
Inês Lourenço
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
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2 comentários:
Maravilhoso! Gostei muito!!
Abraço
É bonito, sim, Rui. :)
Abraço
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