O Douro visto do miradouro de S. Leonardo da Galafura
Quando, em sossego, te penso
és flor em prado verde, água pura.
Árvore de verde vestida
celebrando o amanhecer.
Que falta faz a tua primavera aos meus olhos
o teu verde às minhas janelas de sardinheiras tristes
a leveza dessa água à sede da minha boca
a sombra das tuas árvores à minha alma árida.
Ah! Pudesse eu ainda
crer na primavera e cobriria o meu outono
de flores, de abelhas, de borboletas,
de pássaros eternos...
Lídia Borges, No espanto das mãos, o verbo
Sem comentários:
Enviar um comentário