De vez em quando, lendo as autobiografias de alguns escritores, pasmo com a clareza cristalina com que recordam a sua infância até ao mais pequeno pormenor. Sobretudo os russos, tão evocativos de uma infância luminosa que parece sempre a mesma, cheia de samovares que cintilam na plácida penumbra dos salões e de jardins esplêndidos de folhas sussurrantes sob o sol imóvel dos Verões. São tão paradisíacas (...) que uma pessoa não pode deixar de as julgar uma mera recriação, um mito, uma invenção.
Rosa Montero, A Louca da Casa
1 comentário:
Infância, de Leão Tolstoy. Lê-se de uma vez. E relê-se. E não é invenção.
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